Carnaval: prevenção é palavra de ordem
No Carnaval, é fundamental falar sobre a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Uma recomendação básica é o uso da camisinha, um cuidado que deve ser cuidado permanente como um eficaz anticoncepcional e à prevenção de males como a AIDS, sífilis, hepatites B e C e outros. A ideia que se tinha até pouco tempo sobre grupos de risco já não corresponde à realidade.
Atualmente, uma das DST’s mais comuns é o HPV (vírus do papiloma humano), que possui cerca de 200 subtipos e é o principal causador do câncer de colo de útero. O HPV é responsável por 95% dos cânceres de colo de útero, 89% dos cânceres de ânus e pênis, 54 e 55% dos cânceres de vagina e vulva, respectivamente e 22% dos cânceres de laringe e cavidade oral. Estudos estimam que a infecção por HPV possa atingir mais de 85% da população nos próximos 10 anos.
Para combater esse mal, mesmo quando já se teve contato com o vírus, a vacina é recurso essencial. A vacina quadrivalente oferece proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18, os dois que mais causam o condiloma acuminado (verrugas genitais) e os que mais ocasionam câncer (16 e 18). Já a bivalente protege contra os subtipos 16 e 18. Desenvolvida principalmente a meninas e rapazes que ainda não iniciaram a vida sexual, a vacina é indicada para a faixa etária dos 9 aos 26 anos. A Anvisa também a recomenda às mulheres de até 45 anos e aos homens.
Um alerta: o HPV pode permanecer silenciosamente (sem sintomas) no organismo durante muito tempo. Daí a importância da imunização.
Os cuidados com a dengue, zika vírus e febre chicungunya também devem ser redobrados, tendo em vista o atual contexto. As recomendações repassadas nas campanhas de prevenção à doença, como a de não deixar água parada em pneus, vasos e demais recipientes deve ser rigorosamente observada.